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Abertura do Aeroporto de Monte Real ao tráfego civil

26 Setembro 2017

O relatório final do “Estudo de viabilidade da abertura do Aeroporto de Monte Real ao Tráfego Civil” foi apresentado na reunião da Câmara Municipal da Marinha Grande, no dia 22 de setembro.

O projeto teve como objetivo definir um estudo para apoiar a Câmara Municipal da Marinha Grande na análise da viabilidade do alargamento do Aeroporto de Monte Real (BA5) ao tráfego civil.

O estudo foi estruturado nos seguintes principais blocos:
– Diagnóstico da situação atual do aeroporto de Monte Real,
– Avaliação das necessidades de investimento do aeroporto de Monte Real,
– Modelo de negócio do alargamento do aeroporto,
– Plano de negócios do alargamento do aeroporto,
– Conjunto de passos fundamentais para a implementação.

Como principais conclusões do estudo destaca-se:

– Apesar de existirem diversas infraestruturas aeroportuárias na Região Centro, nenhuma está aberta ao tráfego comercial civil. A Base Aérea de Monte Real encontra-se numa localização privilegiada com boas acessibilidades e numa posição central da Região Centro do País – situa-se a menos de 50-70 Km da maioria dos municípios da Região e apresenta uma infraestrutura e operações sólidas com possibilidade de abertura ao tráfego civil.

– Para alargar a Base Aérea de Monte Real ao tráfego civil é necessário garantir um conjunto de readaptações ao nível da infraestrutura com destaque para o reforço da pista, terminal de passageiros, estrutura para armazenamento de combustível, placas de estacionamento, hangar de manutenção, perímetro e controlo e de acessos.

Adicionalmente deverão ser garantidos reajustes em elementos críticos de segurança e de operação já existentes, como por exemplo: serviço de luta contra incêndios – alteração de categoria (atualmente categoria 4) e torre de controlo - alagar o número de efetivos.

– O investimento estimado para requalificação da Base é de 20 M€.

– O número de movimentos estimado foi de cerca de 5 mil movimentos (~600mil/ PAX) numa fase de arranque e evolui para cerca de 9 mil movimentos (~1 a 1,2 Milhões/ PAX)/ano no longo prazo.

– O modelo de negócio deverá assentar numa partilha da Base com duas operações distintas e segregadas, a militar gerida pela Força Aérea e a comercial gerida por um operador aeroportuário. Iniciar uma operação civil comercial numa base aérea militar é menos exigente do ponto de vista operacional e de investimento facilitando assim a concretização do projeto.

– Em termos de resultados operacionais estima-se que seja uma operação viável, com uma TIR (taxa interna de rentabilidade) de ~8 - 10% (seguindo uma visão conservadora) e em linha com aeroportos internacionais com uma dimensão semelhante que se verificou, em âmbito de projeto, serem aeroportos com estruturas e operações eficientes.

– O estudo permite assim que se avance com o projeto de forma mais estruturada e sustentada.

 

 

Foto: EMFA