Hoje
Máx C
Mín C

“Revolta na Stephens” apresentada na Biblioteca

03 Outubro 2016
A Biblioteca Municipal da Marinha Grande recebe a apresentação do livro “Revolta na Stephens”, da autoria de Fernando Luz, editado pela Textiverso, no próximo dia 8 de outubro (sábado), pelas 15h00.

Fernando de Jesus da Luz, natural de Maceira, Leiria, tem 62 anos e reside atualmente na Marinha Grande. É magistrado do Ministério Público.

Este romance pretende dar a conhecer um episódio da história da Fábrica “Velha” e ao mesmo tempo da Marinha Grande, com a qual a fábrica tem laços determinantes. Pretende principalmente lembrar a memória dos ajudantes de cristalaria Manuel Ferreira, Vicente de Sousa e Manuel de Jesus, que o tempo parece ter feito esquecer, mas que são os verdadeiros precursores das lutas que os vidreiros, ao longo de mais de século e meio, mantiveram em defesa dos seus direitos e também em defesa dos destinos da própria fábrica.

De acordo como autor, “quer eles quer todas as pessoas, instituições (e barcos) que são referidos existiram realmente (exceciona-se o ajudante Joaquim das Neves e o capitão Sales da Guarda Real) e os factos relativos à fábrica aconteceram efetivamente. Quanto ao desenrolar da “revolta”, teve como base a correspondência já referida. Assim tudo o resto foi imaginado como, é claro, todos os diálogos ao longo do livro”.

“Quanto à história de amor de Vicente com Alice é completamente ficcionada, assim como todas as pessoas que nela intervêm salvo aquelas que são também personagens verdadeiras da história principal”, continua.

Durantes anos e quando se deslocava a Lisboa, Fernando Luz sempre tirou algum tempo para dar uma volta pelos alfarrabistas da cidade, à procura de livros que se relacionassem com a história da Marinha Grande e de outras localidades da região.

Num desses alfarrabistas encontrou os documentos que estão reproduzidos no final do livro (entre outros relacionados com a fábrica de vidros). Durante muito tempo manteve a ideia de que “a história dos acontecimentos de que tratavam os documentos deveria ser conhecida de todos os que se interessam pela história da fábrica e da Marinha Grande, visto não ter conhecimento que outra qualquer referência tenha sido feita no passado a estes acontecimentos”.