A presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Cidália Ferreira, lamenta o desaparecimento do comendador José Batista de Matos, o principal responsável pela geminação entre os municípios de Marinha Grande e Fontenay-sous-Bois.

O falecimento deste português radicado em França ocorreu ontem, 1 de julho. Para a presidente da Câmara marinhense “além de um resistente ao antigo regime e defensor da Liberdade e da Democracia, o comendador Batista de Matos foi um europeísta convicto, verdadeiro promotor do espírito de fraternidade e solidariedade entre as Nações”.

Neste sentido, “sublinha-se o papel preponderante do comendador para a assinatura do acordo de geminação entre as cidades da Marinha Grande e de Fontenay-Sous-Bois”.

Cidália Ferreira reconhece ainda que “desaparece o Homem, mas não o seu Legado que permanecerá para sempre na História. À Esposa, Filhos e restante Família a presidente da Câmara endereça as suas mais sinceras condolências”.

José Batista de Matos tinha 84 anos, era natural de Alcanadas, concelho da Batalha. Chegou à Champigny, nos arredores de Paris, em 1963, tendo sido um dos emigrantes portugueses mais conhecidos em França.

O Museu Nacional da História da Imigração, em Paris, dedicou-lhe um espaço com uma imagem que ilustra o momento em que pela sua mão foi pendurada uma bandeira vermelha numa grua como protesto contra a manifestação de apoio ao General de Gaulle.

Batista de Matos teve um percurso de mais de 50 anos ligado ao associativismo. Fundou a Associação Portuguesa de Fontenay-sous-Bois e esteve na origem da geminação desta cidade com a Marinha Grande.

Foi Conselheiro das Comunidades Portuguesas e colaborador da Rádio Batalha e de outros meios de comunicação social.

O Presidente da República, Cavaco Silva, atribui-lhe a Comenda da Ordem de Mérito, no dia 10 de junho de 2011.

Foto: Lusa