APRESENTAÇÃO DE LIVRO SOBRE O 25 DE ABRIL
O Museu Joaquim Correia, na Marinha Grande, recebe a apresentação do livro “25 de Abril, no Princípio Era o Verbo”, da autoria de Manuel S. Fonseca, ilustração de Nuno Saraiva, da Editora Guerra & Paz, a ter lugar no dia 19 de abril, pelas 18h00.
A sessão é organizada pelo Município da Marinha Grande e pela Livraria Livros & Companhias, sendo de entrada livre.
Este livro festeja os 50 anos do dia que derrubou uma ditadura de 48 anos. De acordo com a sinopse da obra, “o 25 de Abril, catarse e delírio, foi uma das mais impressionantes algazarras de liberdade, loucura, e inocente destrambelhamento colectivo que o modesto povo português já viveu. A liberdade chegou como uma inundação: proliferaram partidos políticos; levantaram-se do chão incendiários educadores do povo; agitaram-se estandartes; colaram-se cartazes; ruas, largos e avenidas entupiram-se com torrentes de gente em loucas manifs”.
De tudo isso, “este livro quer ser a mais despretensiosa - e divertida - testemunha. Primeiro, num preâmbulo mansinho, nocturno, visitamos e descrevemos, hora a hora, os incidentes e o suspense da noite de 24 de Abril, da madrugada e do dia 25 em que os militares de Abril derrubaram o Estado do estado a que isto chegara”.
Manuel S. Fonseca tinha cinco anos quando chegou a Angola, ao musseque Sambizanga, em Luanda, cidade em que viveu, com interregno de dois anos no Lobito, até final de 1976. Infância, adolescência e independência são a matéria do livro Crónica de África. Admirador impenitente das crónicas de Nelson Rodrigues e António Lobo Antunes, quis, nesta Crónica de África, tratar as suas cenas da vida real com o gosto narrativo que tanto o deslumbra no cinema.
Cronista no Expresso e no Jornal de Negócios, com artigos publicados no JL, Semanário, Face, Marie Claire CM e Granta, foi, antes, autor de Michelangelo Antonioni e Francis Ford Coppola, biografias editadas pela Cinemateca. Coautor, com João Bénard da Costa, do volume IV do Cinema Musical.
Na Editora Guerra & Paz, foi autor de A Revolução de Outubro – Cronologia, Utopia e Crime, Pequeno Dicionário Caluanda e o Pequeno Livro dos Grandes Insultos. Organizou e prefaciou várias antologias de Fernando Pessoa, em particular Que Salazar era o Salazar de Fernando Pessoa e a trilogia de livros ligados às grandes tragédias do século XX, Manifesto Comunista, Mein Kampf e Pequeno Livro Vermelho. Prefaciou ainda obras de Platão, Jonathan Swift, Rimbaud, Mark Twain, Claude Le Petit, Oscar Wilde e Pierre Félix- Louÿs.
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