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PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO DA FÁBRICA DE VIDROS APRESENTADO

O Município da Marinha Grande vai apresentar publicamente o Programa de Valorização do Património Municipal da Fábrica de Vidros, através da intervenção do investigador Jorge Custódio, no dia 11 de março, pelas 17h00, na Casa da Cultura - Teatro Stephens, no âmbito da comemoração do 35º aniversário da elevação a cidade.

O presidente da Câmara, Aurélio Ferreira, explica que “este programa decorre do estudo patrimonial integrado, encomendado pelo Município e levado a cabo pelo professor Jorge Custódio, em 2022, composto pela ideia e programa de ocupação funcional da antiga fábrica de vidros Guilherme Stephens, com o objetivo da valorização cultural do património do conjunto fabril, bem como por um estudo histórico-arqueológico-industrial”.

Aurélio Ferreira acrescenta que “a investigação abrangeu levantamentos de campo do território fabril e a sua identificação histórica, recolha de contributos selecionados junto da comunidade marinhense, recolha de memórias orais de alguns vidreiros da Fábrica, entre outros procedimentos”. Estava também prevista “a definição e criação da ideia-base de valorização pública da Fábrica e a elaboração de uma proposta de ocupação funcional integrada dos diferentes edifícios do complexo fabril, que será agora conhecida, com sugestões de possíveis utilizações a dar ao complexo da FEIS”.

A Fábrica de Vidros da Marinha Grande é um dos mais importantes monumentos históricos da indústria vidreira e do património industrial português. As suas origens remontam a 1747 e marcaram a história, a identidade e da cidade da Marinha Grande.

O Município da Marinha Grande surge como um reflexo da Fábrica Stephens e da indústria vidreira que nasce à volta da manufatura pombalina, desde o momento em que se ensaiou politicamente a sua especialização e perpetuidade.

A herança Stephens vive desde 1994 um enorme desafio relacionado com a transferência dos bens histórico-culturais da Fábrica de Vidros para o Município, integrando o património municipal. Passadas quase três décadas, urge avaliar o que foi feito e saber o que importa ainda resolver no sentido da afirmação dos valores transcendentes que a Marinha Grande não pode nem deve deixar perder.