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MONUMENTO AO 18 DE JANEIRO DE 1934 “CRISTALIZA MEMÓRIA DA MARINHA GRANDE”

A requalificação do conjunto escultórico do Monumento ao 18 de Janeiro de 1934 e a respetiva intervenção no espaço público, foram apresentados este sábado, 14 de janeiro, na praça junto à Rotunda do Vidreiro, na Marinha Grande.

O Monumento ao 18 de Janeiro de 1934, da autoria do escultor Joaquim Correia, foi requalificado pelo Município e passado totalmente a bronze, sendo composto por dois blocos revestidos de baixos-relevos e escultura do vidreiro.

Numa cerimónia que contou com a presença de entidades locais e da família do autor do monumento, o presidente da Câmara Municipal, Aurélio Ferreira, recordou que se trata de “uma obra emblemática, não apenas porque retrata um dos momentos mais expressivos da história da Marinha Grande e do seu povo, mas também porque foi pensada e criada por um dos artistas maiores da nossa terra, Joaquim Correia”.

Aurélio Ferreira salientou que, sabendo-se que "o mestre Joaquim Correia privilegiou o bronze no seu percurso artístico”, “foi tomada a decisão de transferir o suporte dos restantes elementos de cimento para bronze, dignificando o monumento, tendo também sido aprovada a sua deslocalização para o espaço onde nos encontramos e que permite à população uma leitura e interpretação de maior proximidade, garantindo o sentimento de pertença e de identificação com o monumento”.

O presidente concluiu que se cumpriu “a ideia de Joaquim Correia, ao mesmo tempo que se dignifica este conjunto escultórico, a própria revolução e a memória dos que combateram em prol da liberdade. O Monumento que aqui é apresentado cristaliza a memória de um momento marcante e identitário da luta que caracterizou que deve ser salvaguardada, divulgada e perpetuada”.

Na ocasião, o arquiteto João Correia, um dos filhos do escultor Joaquim Correia, demonstrou a satisfação da família por ter sido cumprido o desejo do autor da obra em deslocalizar o Monumento da rotunda para aquele local, onde, agora, pode ser contemplado de perto. Revelou que “o meu pai teria sentido natural alegria, que será a realização de um desejo que ele, como artista, sempre imaginou para este local. Sempre defendi a presença deste monumento aqui, porque a sua leitura não era possível no sítio onde estava”.

João Correia explicou que “o primeiro nível do monumento é a comemoração de uma revolta, legítima, necessária, e que mesmo que muito curta no tempo e na permanência da situação, foi muito significativa e encorajou muita gente para outras revoltas”. Salientou outro aspeto importante do conjunto escultórico que “é o nível histórico, social, quase etnográfico da própria Marinha Grande, que está retratado na parte de trás do monumento”, com alusões ao trabalho e “sacrifício brutal das famílias”.

A requalificação do monumento e a construção dos arranjos exteriores para a sua relocalização representaram um investimento total de cerca de 150 mil euros, acrescidos de IVA.

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