Presidente da Câmara reivindica mais meios para o Pinhal
A presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Cidália Ferreira, voltou a reivindicar o reforço de meios financeiros, técnicos e operacionais para os serviços locais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), numa audiência realizada no dia 13 de março, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com os deputados da Comissão da Agricultura e Mar da Assembleia da República.
Esta reunião inseriu-se no âmbito das visitas de trabalho aos vários municípios afetados pelos incêndios, levadas a cabo por aquela comissão parlamentar e envolveu ainda o presidente da Câmara de Pombal, Diogo Mateus, a vereadora do Ambiente da Câmara de Leiria, Ana Esperança, o Diretor do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Centro, Viriato Garcez.
A presidente da Câmara da Marinha Grande enalteceu a parceria que o Município tem estabelecido com o ICNF, mas demonstrou a sua preocupação com a falta de meios deste instituto para fazer face à árdua tarefa de continuação de corte das árvores queimadas e da reflorestação dos cerca de 10.000 hectares que arderam no incêndio de 15 de outubro.
Lembrando que nos últimos anos foi retirado anualmente cerca de um milhão de euros de receitas da exploração do Pinhal do Rei, Cidália Ferreira reivindicou que esse valor seja aplicado na reflorestação e reorganização desta mata situada no concelho da Marinha Grande da qual restam intactos apenas cerca de 1000 hectares.
Deu ainda conta das suas preocupações com o Parque do Engenho para aí ser instalado o Museu Nacional da Floresta e com as Casas das Matas que devem ser utilizadas por associações locais em projetos educativos e de sensibilização ambiental.
A presidente Cidália Ferreira agradeceu a visita dos deputados, solicitou a articulação institucional e a união da Assembleia da República para a tomada de decisões que promovam a resolução rápida dos desafios que a Mata Nacional enfrenta.
O presidente da Comissão da Agricultura e Mar, Joaquim Barreto, defendeu a profissionalização do planeamento, gestão e ordenamento do território e um “olhar com sentido de responsabilidade e profissional para que estes problemas não existam”.
O diretor regional do Centro do ICNF, Viriato Garcez, lembrou o que já foi feito na Mata Nacional na sequência do incêndio, designadamente ações como a estabilização de emergência do Ribeiro de Moel, a inventariação das faixas a cortar junto às estradas e ações de reflorestação através das quais se estima a replantação de 450 hectares até ao final do mês de março, tido como a data limite da primeira época de plantação.
Admitindo a escassez de meios humanos do ICNF, Viriato Garcez enalteceu o envolvimento e o trabalho de vários grupos de voluntários, empresas e entidades que se têm associado.
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